O Alzheimer é a forma mais comum de demência. Não tem cura, mas existem tratamentos cada vez mais eficazes que podem ajudar a atrasar o declínio. Ensaios clínicos indicam que microalgas como a Spirulina são potenciais auxiliares terapêuticos no tratamento da doença. Especialistas indicam a suplementação.
Estima-se que mais de 46 milhões de pessoas vivam com Alzheimer e prevê-se que em 2050 este número suba para os 130 milhões.
No entanto, este cenário pode ser alterado, tendo em conta as inúmeras pesquisas e ensaios clínicos que têm vindo a ser realizados por cientistas de todo o mundo.
Em alguns dos estudos consultados, verificámos que há especialistas a recomendar a suplementação com Spirulina, pelo facto de a sua composição conter substâncias consideradas neuroprotetoras. Os suplementos Suta Spirulina Technology, à base de Spirulina, podem, portanto, ser um auxiliar terapêutico dos pacientes com a doença de Alzheimer.
BENEFICIA O CÉREBRO
Ensaios prosseguem um pouco por todo o mundo, mas há especialistas que não têm quaisquer dúvidas relativamente ao poder desta microalga na doença referida.
Gary Wenk, professor de Psicologia e Neurociência da Universidade de Ohio, nos EUA, considera, não só que a “Spirulina é uma excelente fonte de antioxidantes, como um potente anti-inflamatório que pode beneficiar a saúde do cérebro ao longo da vida”.
As conclusões do professor, e autor de diversos livros sobre a atividade cerebral, confirmam o que as pesquisas têm demonstrado: a capacidade das microalgas em produzir, entre outras substâncias, carotenoides, polifenóis, ácidos graxos e polissacarídeos. Estes compostos têm elevado potencial neuroprotetor (protetor de células nervosas), que são relevantes para a prevenção ou tratamento da doença de Alzheimer, conforme indica um estudo publicado em 2017 por Tosin Olasehinde, Ademola Olaniran e Anthony Okoh.
O PODER ANTIOXIDANTE
De acordo com estes especialistas, compostos fitoquímicos de microalgas são usados como produtos farmacêuticos, nutracêuticos e suplementos alimentares. Os investigadores e docentes em universidades da África do Sul referem que o uso de alimentos funcionais (alimentos indicados para este tipo de doenças, como por exemplo salmão, rico em Omega3), suplementos dietéticos e nutracêuticos, podem ter uma intervenção terapêutica eficaz na prevenção e tratamento do Alzheimer.
A mesma equipa indica que diversos estudos nutricionais têm revelado que a incorporação de uma biomassa de microalgas ou dos seus compostos bioativos em alimentos e bebidas, pode reduzir o risco de demência e prevenir a perda de memória em pacientes com Alzheimer.
Também investigações da Faculdade de Farmácia da Universidade de Madrid indicam a Spirulina como uma ‘ferramenta’ útil para os tratamentos de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Os investigadores confirmam que os extratos das microalgas são antioxidantes, anti-inflamatórios e antivirais.
MICROALGA DEFENDE ORGANISMO
Também a nutricionista de origem alemã Marianne Meyer defende que a spirulina é excelente auxiliar no tratamento das doenças neuro degenerativas como Alzheimer. Inclusive, defende a introdução da microalga na alimentação. No seu livro ‘SPIRULINA Survival Food for a New Era…’, a nutricionista apresenta sugestões gastronómicas à base de spirulina.
Para a nutricionista não restam dúvidas: “Todos nós precisamos de suplementos alimentares naturais! Devido ao facto de os solos estarem esgotados, estamos cada vez mais a sofrer de deficiências nutricionais”.
Os suplementos alimentares Suta Spirulina Technology podem dar o seu contributo. O Drenador, por exemplo, ajuda a regular o sono e o humor.
Marianne Meyer considera que muito do poder da Spirulina ainda está por descobrir: “A Spirulina contém partículas de luz que sustentam a vida e inúmeras substâncias vitais, das quais provavelmente muitas ainda não foram descobertas. Seja em pó ou em comprimidos, as cianobactérias ajudam a eliminar os pesticidas e outros poluentes do corpo e proporcionam um forte aumento de vitaminas”.
SPIRULINA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS
A Spirulina, como outras microalgas, é rica em ácidos graxos. Os ácidos graxos polinsaturados (PUFA), explicam os especialistas, especialmente os ácidos graxos Omega 3 e 6 são ácidos graxos essenciais que não podem ser sintetizados em células humanas, mas são produzidos por células de microalgas durante as suas fases de crescimento.
As microalgas são excelentes reservatórios de ácidos graxos Ómega 3. Dizem os investigadores que “os ácidos gordos polinsaturados são predominantes no cérebro humano e são importantes em processos neurológicos envolvendo a transmissão sináptica, desenvolvimento cognitivo, função de memória e plasticidade neuronal”.
Assim, a ingestão inadequada e a deficiência de ácidos graxos ómega 3 no cérebro, pode levar ao comprometimento cognitivo, disfunção da memória e dano neuronal.
Explicam os estudiosos que o cérebro regula os níveis de ácidos graxos através da ingestão dietética, ou seja, através da alimentação. Mas se a alimentação é deficiente, convém suplementar.
A DOENÇA EM PORTUGAL
Os primeiros sintomas do Alzheimer são a perda de memória de curto prazo. A progressão da doença, no entanto, leva a outros sintomas que se manifestam de forma severa e cujo desenvolvimento pode ser muito rápido, como desorientação, dificuldade em comunicar, mudança de humor e de comportamento e até dificuldade em caminhar.
Embora a causa da doença de Alzheimer não seja totalmente compreendida, sabe-se que múltiplos fatores podem estar na sua origem, como o stress oxidativo por exemplo.
As toxinas do corpo podem causar estas desordens neurológicas, pelo que, os efeitos neuroprotetores de compostos e extratos derivados de microalgas como a Spirulina são aconselhados.
De acordo com a Alzheimer Portugal estão a ser investigadas várias causas suspeitas da doença de Alzheimer, incluindo fatores ambientais, perturbações bioquímicas e processos imunitários.
A causa pode variar de pessoa para pessoa e pode estar relacionada com diversos fatores.
O relatório Health at a Glance 2017 da OCDE, publicado a 10 de novembro de 2017, apresentou novos dados sobre a prevalência da demência, colocando Portugal como o quarto país com mais casos por cada mil habitantes.
A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9. A estimativa do número de casos com demência para Portugal sobe para mais de 205 mil pessoas, número que subirá para os 322 mil casos até 2037, de acordo com o relatório.
(Créditos:Imagem DR)